Por Gabriel Guimarães
Parece que foi ontem que a cidade do Rio de Janeiro abria suas portas novamente para o mundo dos quadrinhos através de um grande evento após 17 anos de escassez. Em seis dias de muita atividade e ativo contato entre o público e os profissionais da arte sequencial (que podem ser conferidos detalhadamente aqui na cobertura do blog), foram vivenciadas experiências inesquecíveis e estimulantes para todos os que estiveram presentes.
Organizado na Estação Leopoldina, que está sendo revitalizada pela Prefeitura carioca, o evento ocupou uma área imensa, com exposições em homenagem a grandes quadrinistas brasileiras e internacionais, uma galeria especial dentro de uma estrutura construída especificamente para representar o trabalho do grande quadrinista italiano Milo Manara, além de uma sala onde foram realizadas diversas oficinas com altamente qualificados desenhistas, roteiristas e ilustradores do mercado editorial brasileiro. Além, é claro, da estação dos autores, onde os grandes responsáveis pela produção de histórias memoráveis estiveram presentes, autografando seu material para um contingente cada vez mais quantitativo de leitores.
Em suma, foi um evento fantástico. Não foi à toa que ganhou o prêmio HQMix de 2010 como melhor evento de quadrinhos no Brasil naquele ano. Hoje, pouco menos de um ano depois, estamos prestes a dar início à segunda edição deste grande evento que está marcando seu nome entre os admiradores de quadrinhos, a Rio Comicon, e é chegado o momento de analisar o que isso representa para os quadrinhos no Brasil e no Rio de Janeiro.
Em novembro do ano passado, foi dado um primeiro passo, fato fundamental para que qualquer grande jornada tenha início. Isso quer dizer que o evento não foi perfeito, afinal, houveram vários problemas que os organizadores tiveram que contornar de última hora, como a questão do calor e do excesso de pessoas no primeiro fim de semana do evento, mas dentro de suas limitações e propostas, foi tudo fantástico. Novamente, repito: Para um primeiro passo.
Este ano, contando com a experiência que foi acumulada no ano passado, o evento tem tudo para crescer nos seus 4 dias de atividade, atraindo ainda mais gente e, é claro, movimentando de forma considerável todo o mercado de quadrinhos, tanto em termos de quantidades de histórias novas a serem compradas, quanto de histórias a serem protagonizadas por todos os que tiverem condições de estar presentes. O contato que o evento permite entre os leitores dos mais diversos gêneros de quadrinhos e destes com os autores que admiram é algo indescritível. Essa relação, tão calorosa e estimada, é o cerne do que a cultura dos quadrinhos representam de fato, algo em torno do qual as pessoas se confraternizarem e crescerem juntas.
O evento mostrou o quanto que ele pode construir as bases sobre as quais uma comunidade real de quadrinhos pode se estabelecer na Cidade Maravilhosa, o que é uma de suas maiores carências neste quesito para que haja maior produção da nona arte nela. Entretanto, depende de nós levarmos este primeiro contato além de apenas alguns dias presencialmente unidos. Essa união precisa sair de um galpão para ganhar mais força e ímpeto em estúdios, escritórios, editoras, e assim por diante. Ainda há muito trabalho a ser feito.
Nos próximos dias, confiram aqui a cobertura completa da segunda edição da grande Rio Comicon, que mais uma vez, promete mexer com todos os fãs de quadrinhos no país todo, afinal de contas,:
É RIO COMICON, BABY!
Nenhum comentário:
Postar um comentário