terça-feira, 29 de março de 2011

Homenagens Necessárias e Dignas

Por Gabriel Guimarães
Há algumas semanas atrás, o mundo dos quadrinhos e da animação como um todo se abateu pelo súbito falescimento do artista Dwayne McDuffie, responsável por muitas das animações de sucesso dos últimos anos, como a série de televisão do Super Choque e o filme animado baseado na minissérie do Superman escrita pelo autor escocês Grant Morrison e desenhada por Frank Quitely, All-Star Superman.

Sendo conhecido no meio como um dos grandes defensores da etnia negra entre os personagens de quadrinhos e desenhos animados, McDuffie foi um dos responsáveis pela escalação do soldado John Stewart como Lanterna Verde integrante da formação principal da Liga da Justiça na série de desenho animado que fez tanto sucesso nessa última década, rendendo até uma continuação,: Liga da Justiça: Ação Sem Limites.

Aos 49 anos, McDuffie havia feito uma operação cardíaca de emergência e acabou sofrendo complicações que levaram à sua morte. Sua memória merece uma homenagem aqui e seus ideais de igualdade não podem ser esquecidos, pois, ainda hoje, há muitos atos de racismo e discriminação racial ao redor do mundo que não podem mais ser tolerados.

Os últimos trabalhos de McDuffie foram junto aos desenhos animados Ben 10 e roteirizando algumas poucas edições para a Marvel e para a DC, como Quarteto Fantástico e Nuclear, respectivamente.


A outra homenagem que faço aqui é pelos 70 anos que completa o grande personagem capitão Haddock, amigo inseparável do repórter Tintin nas histórias do desenhista belga Hergé. Aparecendo pela primeira vez na história "O Carangueijo das Pinças de Ouro", em 1941, o capitão não tardou a capturar a atenção e a simpatia dos leitores com seu jeito irritadiço e perspicaz de ser. Sempre caracterizado por ter um pavio curto, suas explosões temperamentais sempre foram uma das ferramentas de humor mais agradáveis nas histórias de Tintin.

Como seu nome é uma referência ao peixe Hadoque, é compreensível que o capitão tenha grande parte de sua cultura vinda do mar, de histórias mirabolantes de piratas e navios ao longo da história, que alimentam sua imaginação e preenchem sua árvore genealógica. Uma matéria especial que foi feita sobre o personagem que merece ser conferida está no site Tintim por Tintim (você pode vê-la aqui).

Está previsto para este ano que chegue às grandes telas o primeiro filme de uma série em live-motion de Tintin, cuja primeira obra a ser adaptada para a nona arte será justamente a história do antepassado do capitão Haddock e sua luta contra o pirata Rackhan, o Terrível. A participação do capitão no filme, se estiver à altura de seu papel nos quadrinhos, com certeza será um elemento que acrescentará muita qualidade ao filme. Esperamos ansiosamente para ver.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Novas Dimensões para as Batalhas Épicas de Conan

Por Gabriel Guimarães

Por anos, o personagem Conan tem sido lembrado pelas suas histórias magistralmente desenhadas por grandes artistas dos quadrinhos como John Buscema, Barry Windsor-Smith e Frank Frazetta, e escritas por talentosos roteiristas como Roy Thomas e Robert E. Howard, este último criador do personagem em 1932. Nos últimos tempos, o personagem, entretanto, não está numa fase muito destacada em meio ao agitado mercado de quadrinhos. Oscilando entre cenas muito fortes que não puderam ser utilizadas, como a capa desenhada por Geoff Darrow, e momentos em que o brilho do personagem não se faz mais sentir tão intensamente como outrora, Conan está num momento de definição de estratégias.

Ainda sendo um personagem absoluto nas coleções de todos os quadrinistas como obra essencial para os apreciadores da nona arte, o personagem está precisando de um fôlego novo para atrair novos leitores e tentar, talvez, resgatar alguns dos antigos que haviam deixado de ler as séries publicadas do cimério. E é apostando na corrente moda dos filmes em 3D que a produtora de cinema Lionsgate produziu o novo filme de Conan, a estrear nas grandes telas no segundo semestre de 2011.

O cimério pode ter vida nova dependendo do rumo que o filme tomar, e pela história que representa para os quadrinhos, torço pelo melhor desfecho para essa estratégia de divulgar o personagem. O que eu gostaria de destacar como algo impressionante foi o pôster animado que postei no começo da matéria. Ao observar a imagem, referência à obra produzida pelo mestre artístico Frank Frazetta para o personagem, que é possível observar ao lado, não há como não ficar maravilhado pelo bela obra de produção do material.



Se a qualidade do filme em si refletir a qualidade do seu material de divulgação, acredito que o filme pode ser um dos destaques dos quadrinhos no cinema do ano. Torçamos pelo sucesso desse eterno clássico dos quadrinhos (não no sentido das propagandas da Disney) na sua empreitada pelo novo mundo da terceira dimensão e veremos o que o futuro reserva para esse guerreiro que trilhou uma longa jornada enfrentando toda sorte de desafios e inimigos ao longo do caminho nos quadrinhos em décadas e décadas.