Por Gabriel Guimarães
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Área da exposição do "O Globo" |
Outros atrativos que a Bienal oferece esse ano são relacionados ao crescente mercado de livros digitais e atividades conjuntas entre diferentes plataformas feitas por algumas editoras. Um dos grandes casos desse aproveitamento pode ser encontrado no estande da editora Ediouro, cujo selo Coquetel atrai todos os dias um contingente enorme de visitantes para realizar atividades como caça-palavras e palavras cruzadas, preparadas em seu espaço especificamente para o evento. Dentro do próprio estande, ainda se encontra uma área de destaque para os quadrinhos do belga Pierre Culliford, mais conhecido por seu pseudônimo Peyo, criador de personagens como “Os Smurfs”. Há, também, destaque para os próximos lançamentos da editora no segmento da arte sequencial, como as edições para banca das clássicas histórias de ação e aventura “Fantasma – Piratas do Céu”, de Lee Falk e Ray Moore, e “Mandrake, o Mágico – O Mundo dos Espelhos e outras histórias”, também de Lee Falk. Entre os outros títulos representados pela editora que marcam presença no estande também estão “A Pequena Luluzinha”, “Recruta Zero” e “Popeye”.
Com relação à presença da tecnologia digital, a Bienal está com vários estandes de editoras novas que estão ingressando no segmento de mercado dos e-books. Em geral, elas apresentam poucas obras físicas em seus estandes, mas recebem o público com a promissora oportunidade de ajudar os aspirantes a autores e futuros membros do mercado livreiro a darem seus primeiros passos na indústria. Editoras como a ‘Você Publica’ são exemplo disso. Ainda assim, as grandes marcas também estão presentes, com uma área dedicada a obras disponíveis para dispositivos de processamento Android e um estande para a plataforma Kindle, leitor eletrônico pertencente à empresa norte-americana Amazon. Vale destacar a presença de recursos de realidade aumentada, na qual algumas editoras vêm investindo nos últimos anos, ampliando de forma delicada a atividade da leitura, outrora exclusivamente solitária e bidimensional.
Tendo cerca de 950 estandes ao todo, a Bienal oferece muitas opções para todos os gostos de leitores, tanto os tradicionais, ligados ao material impresso, quanto aos novos usuários dos devices eletrônicos. Ainda que a própria indústria ainda esteja se reestruturando para a nova realidade de interatividade com o leitor, a Bienal já dá sinais de que pode servir de mediadora para auxiliar no processo, gerando boas experiências de ambos os lados dessa relação editorial.
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