Por Gabriel Guimarães
O sexto dia da XVII Bienal Internacional do Livro no Rio de Janeiro foi menos lotado que os anteriores, porém, igualmente movimentado. Os maiores estandes do Pavilhão Azul receberam atenção, com destaque para o do Grupo Editorial Record, que levou seus títulos baseados no popular game "Assassin's Creed" e na HQ/série de televisão "The Walking Dead". Em algumas de suas prateleiras, dentro do estande, estiveram dispostos, ainda, os álbuns do personagem de quadrinhos "Asterix", de René Goscinny e Albert Uderzo, e manuais referentes ao universo ficcional de "Star Wars". Os descontos no estande eram condicionados pela compra de um determinado número de volumes, mas uma visita ao estande é recomendada.
Localizado no mesmo corredor central, o estande do selo Companhia das Letras é outro que vale uma visita. Com estantes dedicadas a cada um de seus respectivos selos editoriais, desde a Suma de Letras (que conta com grande acervo de obras do popular e aterrorizante escritor Stephen King) até a Quadrinhos na Companhia, com títulos clássicos do quadrinista norte-americano Will Eisner (que já foi homenageado em diversas ocasiões aqui, aqui e aqui no blog) e a adaptação para os quadrinhos do livro do amazonense Milton Hatoum, "Dois Irmãos", feita propositadamente pelos irmãos gêmeos Fábio Moon e Gabriel Bá e lançada recentemente no mercado.
Contando com menos espaço que estes dois, mas ainda assim uma área bastante considerável, o Grupo Autêntica, do qual o selo Nemo faz parte, também se encontra no Pavilhão Azul, com clássicos europeus como a sua primorosa Coleção Moebius e volumes como "Companheiros do Crepúsculo", de François Bourgeon; conteúdo produzido primeiro na internet brasileira, como são os casos de "Bear", da quadrinista Bianca Pinheiro, e "Como Eu Realmente", ilustrado e escrito por Fernanda Nia; e novos títulos de questionamento e mudança de perspectiva cultural, como "O Mundo de Aisha", de Ugo Bertoti, "Uma Metamorfose Iraniana", de Mana Neyestani, e "Pílulas Azuis", do francês Frederik Peeters (este último, que, inclusive, já foi adaptado para o cinema ano passado, e cuja página no IMDB pode ser conferida aqui). O estande ainda conta com um grande lote de livros e quadrinhos a preços convidativos, valendo ressaltar a presença, entre estes, dos títulos de "Boule & Bill", criados pelo belga Jean Roba e atualmente produzidos pelo seu outrora assistente Laurent Verron, que conseguiu levar os personagens às telas de cinema e até para videogames.
Concluindo os destaques deste Pavilhão de hoje, o estande da PubliFolha, em meio aos seus temas principais de turismo e culinária, apresentou também 3 títulos interessantes de arte sequencial, publicados pelo seu selo Três Estrelas, "Trinity - A História da Primeira Bomba Atômica em Quadrinhos", de Jonathan Fetter-Vorm, "O Golpe de 64", dos brasileiros Oscar Dilagallo e Rafael Campos Rocha, e "A Morte de Stálin", da dupla Fabian Nury e Thierry Robin. Apesar de não haver desconto nesses itens, sua presença no estande aponta que a editora está começando a se aventurar na nona arte e um potencial crescimento nesse segmento poderia ser bastante interessante, principalmente levando em consideração a diversidade de fontes dos trabalhos publicados por eles até o momento. Que este seja apenas o início!
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