segunda-feira, 1 de junho de 2009

Uma Demasiada Decepção

Por Gabriel Guimarães



Desculpem a demora por essa postagem, vida de universitário não é fácil...
Hoje, vou falar a crítica do filme X-men Origins: Wolverine, mais recente produção Marvel no cinema.



Cara, por onde começar? Comecemos pelos pontos positivos:
O filme ganha muito pela ação e efeitos especiais, de primeira linha, trazendo o público para dentro das cenas. As cenas de luta entre o Wolvie e o Blob; e entre o Wolvie e o Gambit, são simplesmente fantásticas. A atuação dos intérpretes, então, são mais um dos pontos altos do filme, com grandes nomes no elenco, como o leading role Hugh Jackman, além de Dominic Monaghan (O Charlie, da série LOST, que faz o papel de um dos mutantes do esquadrão de Logan), Ryan Reynolds (o incalável Deadpool - muito mal representado nesse filme em termos de roteiro, não de atuação -), Kevin Durand (na soberba representação do mutante Blob), o músico Will.I.Am, entre muitos outros.
Realmente é um filme de se encher os olhos, mas vamos ao que interessa: Conteúdo.


Minha avaliação nesse quesito realmente foi um choque negativo. Esperava mais depois de ter visto Homem de Ferro, um dos melhores filmes de HQ que eu vi em muito tempo.
Sendo um conhecedor da história do canadense invocado que
dá nome ao filme, achei que eles poderiam ter montado uma trilogia só para começar a mostrar a vida de Logan, para fazer um bom trabalho.

A primeira parte seria obviamente baseada na maravilhosa obra de Paul Jenkins e Andy Kubert, Origem, de 2001. Achei um absurdo mesmo foi terem reduzido tão extraordinariamente produzida história a irrisórios 5 minutos de filme, além de deturpá-la, estrangando as pontas soltas que a HQ cria na mente do leitor, como a relação consanguínea entre Logan e Creed (Dentes-de-sabre).

A segunda, seria a inserção do Adamantium nos ossos de Wolverine, visto em Arma X, de Barry Windsor-Smith, publicado em 1991. Eu sinceramente considero esta uma das melhores histórias em quadrinhos de todos os tempos. A animalidade contida em Logan é finalmente liberada, mas de que maneira? Os inúmeros implantes de memória apenas nos levam a supor o que aconteceu de verdade, mas o resultado é maravilhoso. Todo o material relacionado com a Tropa Alfa e uma menção do Capitão América seriam possíveis nesse filme.


E para finalizar a primeira trilogia, a terceira parte, com Logan no Japão, onde poderiam ser abordadas histórias como a recém-batizada Eu, Wolverine, e outras menores, mas não menos importantes. Itsu poderia ser a parceira romântica desse filme para Logan, ainda possibilitando deixa para o surgimento da verdadeira Raposa de Prata - não como a vista no filme.


O filme lançado esse ano tem certos pontos que achei simplesmente ridículos, como a aparição sem a menor importância relativa de Ciclope, Mercúrio, e Rainha Branca. A morte do personagem de DominicMonaghan é simplesmente absurda e boba (não seria lógico que um cara com poderes ligados a máquinas, energia e etc lutar, mesmo que fosse um fracote, contra a própria morte?? O cara pode mandar em qualquer aparelho, caramba!).
E para finalizar: convenhamos, BALA DE PRATA?! Por favor, né? Wolverine não é nenhum lobisomen não, caso o cara que escreveu o roteiro desse filme não saiba.


O que mais me impressiona é o fato da Marvel ter aprovado um roteiro desses. É preciso um controle melhor por parte da editora, para que não surjam mais outros Homem-Aranha 3 ou Hulk. É preciso ter sabedoria e discernimento, pessoal. E é possível criar algo de qualidade e ação ao mesmo tempo, como foram vistos no já mencionado Homem de Ferro e nos dois primeiros Homem-Aranha.

NOTA GERAL: 3,5 ESTRELAS (COMO FILME PRO VERÃO AMERICANO).
1 ESTRELA (COMO ADAPTAÇÃO DAS HQS DO WOLVERINE).

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