quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Uma Nova Fronteira Para o Heroísmo

por Gabriel Guimarães





Em DC: A Nova Fronteira, o autor Darwyn Cooke nos revela o lado humano dos super-humanos. Focando sua história na vida pré-Lanterna Verde do piloto de jatos Harold 'Hal' Jordan, ele analisa em cada aspecto o surgimento do conceito de super-herói. Seja em Gotham, mostrando desde o surgimento do Batman até a 'adoção' de Robin, ou em Central City, desde as ações do Flash até a sua caça pelo governo, o roteirista incrivelmente torna o universo DC autêntico e, acima de tudo, humano.



Mas talvez seja no surgimento do Caçador de Marte que Cooke tenha tornado esta obra um tipo único. Chegando perdido no laboratório do doutor Erdel, que ao vê-lo, morre de enfarte, J'onn J'onzz assume a forma do doutor para sair pelas ruas da Terra. Consegue um apartamento, onde adquire a cultura humana por meio dos programas de televisão, e se transforma no detetive John Jones, que logo encontra Batman numa de suas missões em Gotham. Conforme passa o tempo, J'onn se conecta mais ao povo terráqueo, porém, descobre que o governo planeja secretamente enviar uma nave para Marte. Preocupado com o que o governo faria se soubesse de sua existência, ele tenta fugir no foguete, mas o agente Faraday o encontra e eles entram em confronto. Apesar de J'onn ganhar, ele não vai no foguete para salvar a vida de Faraday, que ficara caído perto do local de lançamento, e, infelizmente, acaba sendo aprisionado pelo governo. Quando o 'Centro' surge, querendo destruir a humanidade por ter corrompido a perfeição do planeta pré-histórico, J'onn é chamado para a linha de defesa, ajudando os heróis a derrotarem o gigantesco monstro.


No final, Darwyn Cooke ainda cria um epílogo com texto de um discurso presidencial de John F. Kennedy capaz de sensibilizar até os mais fortes emocionalmente. ''Toda a humanidade aguarda nossa decisão. Um mundo inteiro espera ver o que faremos. Não podemos faltar com a confiança, não podemos deixar de tentar.''

Resumindo talvez numa frase esta obra, acredito que seria ''Sejamos nossos próprios super-heróis''.
Cooke entra definitivamente para os anais das histórias em quadrinhos de uma forma diferente da maioria no ramo de quadrinhos de heróis, através da humanização de seus personagens ao invés da elevação de suas características sobre-humanas.




NOTA GERAL: 5 estrelas.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Pra Não Dizer Que Não Falei De Quadrinhos

por Gabriel Guimarães

arte de Darwyn Cooke

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